Wednesday, May 10, 2006

. Ele e Ela .

Um dia se encontraram, se conheceram, foi naquele dia que conversaram por horas. Falaram sobre tudo, encantavam-se um com o outro. E a noite foi passando e falaram, mais e mais...como se a curiosidade de saber tudo do outro fosse maior que qualquer coisa. Contaram da vida, do passado, presente e futuro, dos desejos, dos medos... Enfim, ali se apaixonaram e sabiam que aquilo era só o começo. E no fim da noite se beijaram, na verdade o ato foi conseqüência, pois já se viam tão ligados que o momento pedia que um corpo encostasse no outro, através do beijo.

Ele então a pegou pela mão, abraçou forte e não a deixou fugir.E antes dele ela sempre fugia...E assim passaram todo o verão. Ele era tudo aquilo que ela sempre procurou e como se sentia feliz perto dele. Era um misto de alegria, nervosismo e paz que só encontrava ali, junto. Ele ria das canelas finas dela e adorava o seu jeito de sorrir e podia ficar horas sem falar nada, só observando. E assim ele foi, conquistando espaço naquele coração que ela sempre fez questão de trancar a sete chaves, pois jurava que não iria mais sofrer. Mas ele a fez descobrir que existia amor e beleza fora dos livros, a fez ver que existia amor dentro dela. E já que era para amar, ele também desejava ser o que mais ama dos dois, pra nunca se arrepender ou pensar no que poderia ter sido.Preferia sofrer a ver ela triste antes.

Assim seguiu-se aquele tempo. Até que o amor distorceu. Ele então não soube o que fazer e partiu. Acabou-se ali, sem explicação, sem dizer por que, pra que, simplesmente o fim de algo que, a princípio, seria eterno. Ela também não sabia explicar. Não entendia, como pode? Só sentia um vazio, posto que tudo que é bom ou ruim quando acaba deixa um vazio. Se afastaram e agora ela não tinha mais aquele mundo pra fugir, aquele abrigo que tantas vezes era o único lugar aonde queria estar. Ele também foi sem rumo, sem saber o que procurar. Afinal, acreditava já ter encontrado. E como dois estranhos seguiram a vida. Ele agora nem pensa mais, prefere achar que nunca existiu. Ela ainda se pergunta, será que foi sonho?

1 comment:

Anonymous said...

e pensar que um dia tu me disse que 'não sabia escrever'. belo texto.

um beijo, nélio.

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