Sunday, September 17, 2006

Exagerado

Essa semana ouvi a mãe do Cazuza, Lucinha Araújo, comentar que o filho era um menino inconseqüente, que exacerbava tudo, um exagerado que por isso,aproveitou muita a vida. Pois eu também sou exagerada. Sim! E em tudo.Eu prolongo situações, eu não sinto só saudade, eu sinto falta, me desespero,eu choro, eu peço, eu quero perto! E se é pra matar a saudade, que seja com vontade, que cada minuto signifique o resto que falta da vida. Se for pra estar feliz, que não seja aquele riso contido, aquela emoção guardada. Felicidade engarrafada não dá! Tem que brilhar pelo olho, o sorriso espontâneo, tem que mostrar e falar para todo mundo que naquele momento (pelo menos naquele momento) a gente está feliz. Eu não quero só olhares, abraços, carinhos. Eu quero “beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor”, como diz tão bem Vanessa da Mata. Tem que ser assim, tudo bem que pessoas dramáticas e escandalosas por vezes cansam. Mas me refiro a exagerar vivências, desenfrear pudores, ampliar alegrias. Não consigo ser mais ou menos. Ninguém quer aquele alguém meio morno, que causa náusea ao se experimentar o gosto. Eu quero viajar, eu quero trabalhar, eu quero poesia, eu quero festa, eu quero amigos, eu quero a vida pra valer. Eu quero fugir do hábito,eu quero música,eu quero os dedos tocando o céu e a alegria tocando a mão.Eu quero amar, mais e mais...

“ ...até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais...”

Saturday, September 16, 2006

Eu quero...

Sempre que eu demoro a escrever, dá um medo, um receio depois pra voltar. Acho que o segredo é não parar... Mas ando sem tempo. Mentira! Eu tenho tempo, o que falta é organizar pensamentos, não quero despejar aqui todos os meus sentimentos.

Quero falar quando me dá vontade, sem esperar agradar a ninguém. Não gosto de expectativa, sempre foi um sentimento que me causa aquele friozinho e aquela incerteza terrível! Quero comer o que quiser, sem ter a desprazer de engordar. Quero ler os quatro livros que deixei na estante e pensei:- “vou ler até o fim do mês.” Quero rever alguns amigos que não encontro há tempos... muito tempo. Ah! E quero uma música. Uma música minha, uma música pra mim. Mas este último sei que vai ser o mais difícil. Afinal de contas...o que rima com Roberta? Roberta não é musical, não é Alice ou Teresa nem Carol, expressar sentimentos com Roberta se faz complicado. Se eu fosse músico, nunca falaria de Roberta.

Triste fim então pra´s Robertas que como eu, têm que se contentar com aquelas músicas que foram feitas “pensando na gente” mas que não têm o nosso nome...